Uma curtição para todas as idades – Revista PLACAR
Enquanto luto por um regulamento unificado, o jogo continua
encantando velhos, moços e muita gente famosa.
Concentrado dentro de uma caixa de charutos nicaragüenses,
o time do Flamengo aguardava mais uma grande partida.
Jogando em casa, no Estádio Osmar Prado, uma homenagem
ao seu construtor, o Mengão não temia o Botafogo de
Ribeirão Preto, comandado pelo técnico Sócrates.
Como se previa, a equipe carioca venceu por 1 x 0, para delírio do ator Osmar Prado,
o Tabaco da novela Roda de Fogo, também técnico do Flamengo. Uma cena de
ficção científica? Nada disso. Simplesmente uma partida de futebol de botão.
o Tabaco da novela Roda de Fogo, também técnico do Flamengo. Uma cena de
ficção científica? Nada disso. Simplesmente uma partida de futebol de botão.
Como os dois amigos, milhões de adultos e crianças repetem as geniais jogadas de
seus craques prediletos, só que com as mãos. Não existe jogo mais democrático
que ele. Afinal, pode-se brincar com botões de casaco, tampinhas de relógio, pedaços
de casca de coco ou times incrementadíssimos, feitos sob medida. “Não existe
válvula de escape melhor” , proclama o desenhista Maurício de Souza, 51 anos, pai da
Turma da Mônica.
seus craques prediletos, só que com as mãos. Não existe jogo mais democrático
que ele. Afinal, pode-se brincar com botões de casaco, tampinhas de relógio, pedaços
de casca de coco ou times incrementadíssimos, feitos sob medida. “Não existe
válvula de escape melhor” , proclama o desenhista Maurício de Souza, 51 anos, pai da
Turma da Mônica.
“Gosto tanto do jogo que construo meus próprios campos” , faz coro o jornalista
econômico Joelmir Beting, 50 anos, da Rede Globo. É uma diversão fantástica” ,
resume Antônio Fagundes, contumaz adversário de Gianfrancesco Guarnieri
e Toquinho, em disputados campeonatos regados a muita cerveja.
econômico Joelmir Beting, 50 anos, da Rede Globo. É uma diversão fantástica” ,
resume Antônio Fagundes, contumaz adversário de Gianfrancesco Guarnieri
e Toquinho, em disputados campeonatos regados a muita cerveja.
Para um considerável número de botonistas, porém, o negócio deixou de ser uma
inocente brincadeira. Estima-se que existam 30.000 deles inscritos em federações.
Este número só não é preciso porque ainda não existe um órgão centralizador
de verdade. “Para nós, é um verdadeiro vício” , garante Antônio Maria della Torre,
44 anos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa. Aliás, pronunciar
o nome “jogo de botão” diante de um destes fanáticos pode até provocar urticárias.
Consideram isto uma verdadeira heresia.
inocente brincadeira. Estima-se que existam 30.000 deles inscritos em federações.
Este número só não é preciso porque ainda não existe um órgão centralizador
de verdade. “Para nós, é um verdadeiro vício” , garante Antônio Maria della Torre,
44 anos, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa. Aliás, pronunciar
o nome “jogo de botão” diante de um destes fanáticos pode até provocar urticárias.
Consideram isto uma verdadeira heresia.
INÚMERAS DIFERENÇAS - Antônio Maria, como toda a legião de federados, lamenta
apenas que o jogo de botão – com o perdão da palavra –não tenha sido reconhecido
ainda como um esporte. “ O C.N.D. não está fazendo nenhuma força para isto” ,
suspeita o dirigente paulista. Reconhece, no entanto, que os próprios botonistas
são responsáveis por esta situação. Para se ter uma idéia, o jogo de botão não tem
sequer regras unificadas. “Muitas vezes, a forma de jogar difere de uma rua para a outra” ,
lamenta o comerciante pernambucano Amílcar Leite Ribeiro, 50 anos, fabricante de equipes.
“Os botonistas são muito teimosos e querem sempre que prevaleça sua forma de jogar” ,
completa Agacir José Eggers, 45 anos, presidente vitalício da Federação Paranaense.
apenas que o jogo de botão – com o perdão da palavra –não tenha sido reconhecido
ainda como um esporte. “ O C.N.D. não está fazendo nenhuma força para isto” ,
suspeita o dirigente paulista. Reconhece, no entanto, que os próprios botonistas
são responsáveis por esta situação. Para se ter uma idéia, o jogo de botão não tem
sequer regras unificadas. “Muitas vezes, a forma de jogar difere de uma rua para a outra” ,
lamenta o comerciante pernambucano Amílcar Leite Ribeiro, 50 anos, fabricante de equipes.
“Os botonistas são muito teimosos e querem sempre que prevaleça sua forma de jogar” ,
completa Agacir José Eggers, 45 anos, presidente vitalício da Federação Paranaense.
As diferenças são inúmeras, a começar pelo número de toques que cada jogador pode dar,
o tempo de duração de uma partida, as dimensões do campo e o tipo de bolinha,
achatadinha ou redonda e de feltro.
o tempo de duração de uma partida, as dimensões do campo e o tipo de bolinha,
achatadinha ou redonda e de feltro.
O gaúcho Enio Seibert, 40 anos na época, (hoje sessentão), redigiu um livro de normas
padronizadas, na verdade uma mistura selecionada de regras da Bahia, São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal. “ O ideal é que todos se conscientizem
para chegarmos a um acordo” , diz Enio. “É claro que existiriam algumas categorias”. Não é de
hoje que se tenta uma unificação das regras. Há quinze anos, um congresso em Salvador
serviu apenas para referendar o regulamento baiano, imposto por seus praticantes. Hoje o
regulamento baiano é chamado também de brasileiro, mas nem por isso joga-se apenas
com ele.
padronizadas, na verdade uma mistura selecionada de regras da Bahia, São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal. “ O ideal é que todos se conscientizem
para chegarmos a um acordo” , diz Enio. “É claro que existiriam algumas categorias”. Não é de
hoje que se tenta uma unificação das regras. Há quinze anos, um congresso em Salvador
serviu apenas para referendar o regulamento baiano, imposto por seus praticantes. Hoje o
regulamento baiano é chamado também de brasileiro, mas nem por isso joga-se apenas
com ele.
Segundo o C.N.D., este jogo – cuja invenção remonta ao início do século, com o nome de
Celotex - não demanda nenhum esforço físico. Portanto, como o xadrez, o dominó ou o carteado,
não poderia ser rotulado de esporte. “É um absurdo”, revolta-se o mineiro Benjamin Abaliac.
“Precisamos de um preparo físico tão bom quanto qualquer jogador de sinuca.” É verdade.
Calcula-se que, durante uma partida, cada técnico, como se autodenominam , percorra 1 km
ao redor da mesa. Alguns deles costumam disputar doze partidas num só dia. “Além do
aspecto físico, existe também o mental” , avalia Joelmir Beting. “Com ele, podemos desenvolver
a criatividade e a imaginação”. O botonista gaúcho Cláudio Schemes, 34 anos na época
(hoje na casa dos 60 anos), assina embaixo: “É uma verdadeira terapia para todas as idades.
Sinto-me sempre como um adolescente”. Um grande número de pais costuma ensinar
aos filhos na tenra infância as manhas e os métodos do botonismo. Mas aconteceu o inverso
na casa do galã Tony Ramos. Seu filho Rodrigo, de 16 anos, precisava de um adversário.
De tanto insistir, conseguiu que o pai topasse o desafio. Resultado: Tony também se apaixonou:
“ É realmente um jogo muito bonito”, elogia. Rodrigo continua participando de competições
contra os amigos e já está se revelando um excelente jogador.
Celotex - não demanda nenhum esforço físico. Portanto, como o xadrez, o dominó ou o carteado,
não poderia ser rotulado de esporte. “É um absurdo”, revolta-se o mineiro Benjamin Abaliac.
“Precisamos de um preparo físico tão bom quanto qualquer jogador de sinuca.” É verdade.
Calcula-se que, durante uma partida, cada técnico, como se autodenominam , percorra 1 km
ao redor da mesa. Alguns deles costumam disputar doze partidas num só dia. “Além do
aspecto físico, existe também o mental” , avalia Joelmir Beting. “Com ele, podemos desenvolver
a criatividade e a imaginação”. O botonista gaúcho Cláudio Schemes, 34 anos na época
(hoje na casa dos 60 anos), assina embaixo: “É uma verdadeira terapia para todas as idades.
Sinto-me sempre como um adolescente”. Um grande número de pais costuma ensinar
aos filhos na tenra infância as manhas e os métodos do botonismo. Mas aconteceu o inverso
na casa do galã Tony Ramos. Seu filho Rodrigo, de 16 anos, precisava de um adversário.
De tanto insistir, conseguiu que o pai topasse o desafio. Resultado: Tony também se apaixonou:
“ É realmente um jogo muito bonito”, elogia. Rodrigo continua participando de competições
contra os amigos e já está se revelando um excelente jogador.
ILUSTRE CLIENTELA - À margem das confusões nos bastidores, todos os botonistas
preocupam-se sempre em entrar em campo com verdadeiros craques. Por isso, os profissionais
especializados na confecção de verdadeiras obras artesanais são extremamente valorizados.
É o caso do paulista Lorival de Lima. Ele recebe pedidos de 22 Estados e tem ilustres clientes
celebridades como o deputado federal eleito Delfim Netto, o ex-ministro do Trabalho Murillo
Macedo e a roqueira Rita Lee. O grande segredo para o sucesso de seus botões é a
personalização de cada um deles. “Calculo o peso da mão do jogador e o ângulo em que ele
move o botão com a palheta”, ensina Lorival. Um time, com dez jogadores, um goleiro e dois
reservas, custa entre 200 e 450 cruzados.
preocupam-se sempre em entrar em campo com verdadeiros craques. Por isso, os profissionais
especializados na confecção de verdadeiras obras artesanais são extremamente valorizados.
É o caso do paulista Lorival de Lima. Ele recebe pedidos de 22 Estados e tem ilustres clientes
celebridades como o deputado federal eleito Delfim Netto, o ex-ministro do Trabalho Murillo
Macedo e a roqueira Rita Lee. O grande segredo para o sucesso de seus botões é a
personalização de cada um deles. “Calculo o peso da mão do jogador e o ângulo em que ele
move o botão com a palheta”, ensina Lorival. Um time, com dez jogadores, um goleiro e dois
reservas, custa entre 200 e 450 cruzados.
Criador do primeiro botão em acrílico feito no Brasil – material que utiliza até hoje - , Lorival,
44 anos, já recebeu inúmeros convites para industrializar seus pequeninos craques.
Mas não aceitou compartilhar sua refinada técnica com barulhentas máquinas. A fila de
espera é de um mês.
44 anos, já recebeu inúmeros convites para industrializar seus pequeninos craques.
Mas não aceitou compartilhar sua refinada técnica com barulhentas máquinas. A fila de
espera é de um mês.
O baiano Milton Ferreira da Silva também recusou, alguns anos atrás, uma milionária proposta
da Estrela, o maior fabricante de jogos e brinquedos do país. Milton faz seus botões com a resina
acrílica Palaton, a mesma usada para a confecção de dentaduras. Deve ser por isso que
dizem que seus jogadores costumam “comer a bola”. Cada time demora um dia para ser
feito e custa 500 cruzados.
da Estrela, o maior fabricante de jogos e brinquedos do país. Milton faz seus botões com a resina
acrílica Palaton, a mesma usada para a confecção de dentaduras. Deve ser por isso que
dizem que seus jogadores costumam “comer a bola”. Cada time demora um dia para ser
feito e custa 500 cruzados.
Existem, é claro, equipes mais populares e por um preço mais acessível. A Brianezi, uma
tradicional fábrica localizada no bairro paulistano de Belém, fabrica 245 times - 130 equipes
brasileiras, setenta estrangeiras de 23 países e 45 seleções -, vendidos a 140 cruzados cada
estojinho. Em sua linha de produção, figura até hoje o extinto CEUB de Brasília. Flamengo
e Corínthians , os clubes mais populares do Brasil, representam 30 % do total das vendas.
tradicional fábrica localizada no bairro paulistano de Belém, fabrica 245 times - 130 equipes
brasileiras, setenta estrangeiras de 23 países e 45 seleções -, vendidos a 140 cruzados cada
estojinho. Em sua linha de produção, figura até hoje o extinto CEUB de Brasília. Flamengo
e Corínthians , os clubes mais populares do Brasil, representam 30 % do total das vendas.
A indústria de brinquedos Gulliver, por sua vez, fabrica botões ainda mais em conta. “É um
brinquedo clássico, que sempre encontra um lugar no mercado”, assegura Samuel Neves,
gerente comercial da empresa. Em 1986, para se ter uma idéia, a Gulliver colocou na praça
150.000 equipes – ou 1,5 milhão de jogadores e 150.000 goleirinhos - , que representaram
2.9 % de seu faturamento mensal. A Gulliver tem em seu catálogo apenas os vinte maiores
times do país, que custam entre 10 e 40 cruzados. Com isso, domina sozinha esta faixa do
mercado, já que a principal rival acabou com sua produção.
brinquedo clássico, que sempre encontra um lugar no mercado”, assegura Samuel Neves,
gerente comercial da empresa. Em 1986, para se ter uma idéia, a Gulliver colocou na praça
150.000 equipes – ou 1,5 milhão de jogadores e 150.000 goleirinhos - , que representaram
2.9 % de seu faturamento mensal. A Gulliver tem em seu catálogo apenas os vinte maiores
times do país, que custam entre 10 e 40 cruzados. Com isso, domina sozinha esta faixa do
mercado, já que a principal rival acabou com sua produção.
MEMORÁVEIS BRONCAS - A Estrella liderou as paradas durante muitos anos. Tanto que
seu Estrelão virou sinônimo para campo de futebol de botão. Mas encerrou a produção
justamente na época em que alguns clubes pensavam em exigir o pagamento de royalties
pelo uso de seus escudinhos.
seu Estrelão virou sinônimo para campo de futebol de botão. Mas encerrou a produção
justamente na época em que alguns clubes pensavam em exigir o pagamento de royalties
pelo uso de seus escudinhos.
Para os menos comodistas , entretanto, montar seus próprios times também é uma grande
curtição. Assim , o popular escritor Fernando Sabino ainda se lembra das memoráveis
broncas que levava da mãe, quando ela descobria que os botões de seu casaco de
frio haviam sido transformados em um arisco ponta ou num habilidoso meio-campista.
“Raspava-os no calçamento e eles se transformavam em craques de verdade”, lembra
Sabino, com certa nostalgia. “Valia a pena ser tão severamente punido”. O craque de vôlei
Bernard, do Bradesco, não enfrentou o mesmo problema: “Usava tampas se relógios antigos,
que conseguia com os relojoeiros do bairro”. Osmar Prado, 37 anos na época (hoje também
sessentão), conta que fez um time inteiro com casca de coco. “Minha prima gostou tanto que
pegou todos eles e colocou num vestido.”
curtição. Assim , o popular escritor Fernando Sabino ainda se lembra das memoráveis
broncas que levava da mãe, quando ela descobria que os botões de seu casaco de
frio haviam sido transformados em um arisco ponta ou num habilidoso meio-campista.
“Raspava-os no calçamento e eles se transformavam em craques de verdade”, lembra
Sabino, com certa nostalgia. “Valia a pena ser tão severamente punido”. O craque de vôlei
Bernard, do Bradesco, não enfrentou o mesmo problema: “Usava tampas se relógios antigos,
que conseguia com os relojoeiros do bairro”. Osmar Prado, 37 anos na época (hoje também
sessentão), conta que fez um time inteiro com casca de coco. “Minha prima gostou tanto que
pegou todos eles e colocou num vestido.”
O único medo desta velha geração de botonistas é que os videojogos, os brinquedos
computadorizados e os bonecos da turma do implacável He-Man consigam destruir o encanto
e a magia que o jogo de botão costuma despertar nas crianças de hoje. “Torço para a garotada
não deixar morrer este jogo tão interessante”, reza o ator Barrinhos, o popular Araken, 41 anos,
da Rede Globo. Por enquanto, Barrinhos pode ficar sossegado. Pelo menos se depender
de Juninho Bill e Luciano Nascimento, integrantes do grupo musical infantil Trem da Alegria,
ambos com 13 anos, o futebol de mesa não corre nenhum risco. Nem mesmo nas viagens
eles largam seus times. Quando a demora dos vôos é muito grande, eles improvisam um
campo no chão do aeroporto, sob olhares atravessados de passageiros e aeroviários.
computadorizados e os bonecos da turma do implacável He-Man consigam destruir o encanto
e a magia que o jogo de botão costuma despertar nas crianças de hoje. “Torço para a garotada
não deixar morrer este jogo tão interessante”, reza o ator Barrinhos, o popular Araken, 41 anos,
da Rede Globo. Por enquanto, Barrinhos pode ficar sossegado. Pelo menos se depender
de Juninho Bill e Luciano Nascimento, integrantes do grupo musical infantil Trem da Alegria,
ambos com 13 anos, o futebol de mesa não corre nenhum risco. Nem mesmo nas viagens
eles largam seus times. Quando a demora dos vôos é muito grande, eles improvisam um
campo no chão do aeroporto, sob olhares atravessados de passageiros e aeroviários.
Loucuras e manias, aliás, não faltam nesse universo. O baiano Sólon Rocha montou uma
equipe chamada Império Serrano. Deu aos botões nomes de atrizes e modelos famosas,
como Monique Evans, Xuxa, Márcia Porto e Maitê Proença. O goleiro foi batizado de Wilza
Carla. O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda encontrou uma fórmula mais simples
para chamar seus craques: Camarada 1, Camarada 2, Camarada 3 e assim por diante.
O locutor esportivo , empresário e treinador Luciano do Valle já revelava dotes de narrador
durante suas próprias partidas. No rol das invenções, o ator Osmar Prado, ele outra vez,
colocou feltro dentro dos gols. Assim, mesmo que seja chutada com força, a bolinha
pára dentro do gol. E ninguém, graças a isso, fica com dúvida se ela entrou ou não. “Então,
é só correr para a torcida e comemorar o golaço”, brinca.
equipe chamada Império Serrano. Deu aos botões nomes de atrizes e modelos famosas,
como Monique Evans, Xuxa, Márcia Porto e Maitê Proença. O goleiro foi batizado de Wilza
Carla. O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda encontrou uma fórmula mais simples
para chamar seus craques: Camarada 1, Camarada 2, Camarada 3 e assim por diante.
O locutor esportivo , empresário e treinador Luciano do Valle já revelava dotes de narrador
durante suas próprias partidas. No rol das invenções, o ator Osmar Prado, ele outra vez,
colocou feltro dentro dos gols. Assim, mesmo que seja chutada com força, a bolinha
pára dentro do gol. E ninguém, graças a isso, fica com dúvida se ela entrou ou não. “Então,
é só correr para a torcida e comemorar o golaço”, brinca.
MASSAGEM E PRELEÇÃO – Há outros truques: antes de cada partida, o mineiro Benjamin
passa cerca de meia hora encerando seus jogadores. “Se um dia eu ganhar na Loto,
contrato um massagista para eles”, promete. Já o paranaense Agacir José não coloca
seus botões no campo antes de demorada preleção. “É preciso conversar com eles, pedindo
para que não travem a bola na hora de um chute”, justifica Agacir. Mas nenhum a dessas
loucuras é comparável à do ex-diretor do Coritiba, Luís Afonso Camargo. Ele dava até “bichos”
para seus botões em caso de vitória. Colocava-os no bolso e levava ao cinema.
passa cerca de meia hora encerando seus jogadores. “Se um dia eu ganhar na Loto,
contrato um massagista para eles”, promete. Já o paranaense Agacir José não coloca
seus botões no campo antes de demorada preleção. “É preciso conversar com eles, pedindo
para que não travem a bola na hora de um chute”, justifica Agacir. Mas nenhum a dessas
loucuras é comparável à do ex-diretor do Coritiba, Luís Afonso Camargo. Ele dava até “bichos”
para seus botões em caso de vitória. Colocava-os no bolso e levava ao cinema.
Fim.
Como podemos concluir após a leitura da matéria, desde o ano de 1987, data da grande
reportagem de capa da revista PLACAR, o futebol de botão de mesa brasileiro, continua
enfrentando nos dias atuais, praticamente, os mesmos problemas daquela época:
reportagem de capa da revista PLACAR, o futebol de botão de mesa brasileiro, continua
enfrentando nos dias atuais, praticamente, os mesmos problemas daquela época:
DIVERSIDADE DE REGRAS - FALTA DE UM REGULAMENTO UNIFICADO
( FATORES DECISIVOS NA VISÃO DA GRANDE IMPRENSA PARA SUA POUCA DIVULGAÇÃO)
E CONCORRÊNCIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS E BRINQUEDOS COMPUTADORIZADOS.
( FATORES DECISIVOS NA VISÃO DA GRANDE IMPRENSA PARA SUA POUCA DIVULGAÇÃO)
E CONCORRÊNCIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS E BRINQUEDOS COMPUTADORIZADOS.
Matéria reproduzida pelo botonista Enio Seibert, participante da reportagem nacional
em Porto Alegre – Rio Grande do Sul . Principal mentor e coordenador da Regra Unificada
de Futebol de Mesa e da constituição jurídica da União Brasileira de Futebol de Mesa.
em Porto Alegre – Rio Grande do Sul . Principal mentor e coordenador da Regra Unificada
de Futebol de Mesa e da constituição jurídica da União Brasileira de Futebol de Mesa.
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MARCOS ZUCCATO - QUINHO - Sociedade Esportiva Palmeiras
Fonte: Futebol de mesa news.
Olá botonistas!!!
Conheça mais o atual Campeão Mundial de Futebol de Mesa pela regra 12 Toques. Marcus Zuccato ou Quinho, reside na cidade de Socorro - SP, onde realiza seus treinos no Clube XV de Agosto, para defender em competições as cores de seu time de coração, a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Entrevista
GLAUCO - Você jogava futebol de botão quando era criança? Como era a realização dos jogos?
QUINHO - Comecei a jogar com 5 anos de idade em casa, com o meu irmão mais velho César.Tinhamos coleções desses times que eram vendidos em lojas de brinquedos. Em relação aos jogos, meu irmão procurava me ensinar para eu melhorar nos jogos.
GLAUCO - Como e quando você conheceu o Futebol de Mesa profissional?
QUINHO - Em 1993, estava com 6 anos de idade e meu pai levava meu irmão para treinar o Futebol de Mesa profissional e eu ia junto com ele, até que um dia faltou um jogador e meu pai também entrou na brincadeira. Após isso eu também comecei a brincar rsrsrs.
GLAUCO - Como foi jogar pelo Clube XV de Agosto? Qual era a estrutura? Você sabe Como esta o departamento de Futmesa do XV de Agosto hoje em dia? Caso saiba, como esta?
QUINHO - Foi onde tudo começou, em 1993, aprendi muito, não só com meu pai e meu irmão, mas com todos os meu amigos que jogaram e ainda jogam comigo, pois ainda sou residente em Socorro e treino por lá com eles duas vezes por semana.
Quinho treinando no Clube XV de Agosto
GLAUCO - Desde quando você joga pela Sociedade Esportiva Palmeiras?
QUINHO - Como tenho muita amizade com o Dr. Luiz Augusto Belluzzo (irmão do presidente e ex vice presidente do Palmeiras) recebi um convite dele para ir jogar pelo Palmeiras em 2006 e aceitei prontamente, pois sempre tive vontade de jogar com os melhores e lá aprendi e continuo aprendendo muita coisa.
GLAUCO - Explique a sensação de representar as cores de seu time do coração.
QUINHO - É como um estudante que, com 18 anos, passa em um vestibular na Faculdade que sempre sonha e no curso que desejava. Tanto para mim, como para a cidade de Socorro e o Clube XV DE AGOSTO, é um orgulho muito grande poder representar as cores do Alviverde de Palestra Itália.
GLAUCO - Seu pai também é Palmeirense e gosta de Futebol de Mesa. Quantos times o Sr. Anacleto possui? Você costuma jogar umas partidas com seu pai?
QUINHO - Possui cerca de 150 times, sendo uma coleção de seleções e outros times para fazer trocas, compras, vendas. A tempos atrás jogava bastante com ele, saía cada racha rsrsrsrs, mas hoje em dia é muito difícil encontrar com ele nas mesas, pois ele joga na categoria máster.
GLAUCO - A sala do departamento de futebol de mesa do Palestra Itália esta em reforma, assim como todo o estádio. Onde estão sendo realizados os treinos? Para quando esta prevista a volta ao Parque Antártica? Há algum projeto específico para o departamento de Futebol de Mesa após as reformas?
QUINHO - Por enquanto sei que eles ainda continuam treinando por lá. Há duas semanas jogamos uma rodada do Paulista de equipes, que acredito ter sido nossa última partida na sala. Começando a reforma acredito que jogaremos em outro lugar no clube até o fim de 2011. Acredito que já pra 2011 estaremos criando a categoria Juvenil no Clube.
GLAUCO - Quantas horas treina por dia?
QUINHO - Quando eram mais novo treinava cerca de uma hora todos os dias. Atualmente treino duas vezes por semana.
GLAUCO - Você faz algum tipo de treino específico antes das competições? Qual?
QUINHO - Posso dizer que um dos meus pontos fortes é o chute de ponta, então antes de começar a partida procuro dar uma "acertada na mão" pra não desperdiçar chutes durante o jogo.
GLAUCO - Em uma partida amistosa ou durante os treinos, você prefere fazer um gol simples ou uma bela jogada?
QUINHO - Procuro ser eficiente juntando uma bela jogada com um gol simples, mas procuro sempre tocar bem a bola e chutar de onde tenho mais chances de fazer o gol.
GLAUCO - Tem alguma superstição ou mania que costuma fazer ante, durante ou depois das partidas?
QUINHO - Superstição não, procuro estar bem tranquilo e bem concentrado naquilo que tenho que fazer.
GLAUCO - Você já chegou a jogar por quantas horas em um único dia?
QUINHO - Acredito que tenha sito em 2008 no Brasileiro de Equipes na Sabesp. Joguei 18 partidas no dia.
GLAUCO - Quantos times você tem em sua coleção?
QUINHO - Tenho cerca de 20 times, com um gosto especial pela Roma (tenho 3 times) e pelo Bracelona (tenho 4 times)
GLAUCO - Qual a escalação do time que utiliza em competições?
QUINHO - Há 15 anos jogos com a Seleção da Romênia de 1994, com Hagi & cia. Acredito que o Hagi, no futebol de mesa, seja o botão mais odiado pelos adversários rsrsrsrs.
GLAUCO - Sei que é praticamente impossível essa situação, mas se fosse para vender seu time principal por que valor sairia esse time?
QUINHO - Primeiro, essa Romênia que eu jogo, ganhei quando tinha 7 anos do Atienza, hoje responsável pelo departamento de Futebol de Mesa do Corinthians. Já recebi muitas propostas mas como foi um presente, para mim não tem valor...
GLAUCO - Você praticou outras regras alem da 12 Toques? Qual? Como foi, gostou?
QUINHO - Pratiquei também o SECTORBALL, modalidade que é praticada na Hungria. Achei muito difícil, mas e questão de treino para poder um dia, bater de frente com os húngaros.
GLAUCO - Quais suas dicas para quem esta começando a praticar a regra 12 Toques?
QUINHO - Treinar o máximo que puder e ser sempre honesto.
GLAUCO - Conhece alguma mulher que pratica o Futebol de Mesa?
QUINHO - Aqui em Socorro tem duas meninas que já jogaram e também tem uma em São Caetano do Sul, mas acredito que atualmente nenhuma das três estão jogando os campeonatos da FPFM.
GLAUCO - Já vivenciou alguma situação engraçada no Futebol de Mesa?
QUINHO - Já sim rsrsrs...a mais engraçada com certeza foi a do botonista Marcello Rini em um campeonato em Jacareí. Ele se apoiou na mesa pra chutar uma bola e após o chute tirou o pé de apoio do chão, fazendo com que a mesa virasse em cima dele. Ele foi parar no chão, debaixo da mesa, e com um monte de botões voando pelo salão. Pra mim foi a cena mais engraçada da história do Futebol de Mesa rsrsrssrs.
GLAUCO - Qual a maior "loucura" que já fez pelo Futebol de Mesa?
QUINHO - Não acredito que seja loucura, mas vestir o "manto alviverde" dentro do Salão de jogos do Corinthians acho que foi bem diferente.
GLAUCO - Resumindo, o futebol de mesa é...
QUINHO - Uma paixão, é como se fosse um casamento que dá certo, uma forma de fazer amizades, um esporte que deveria ser mais divulgado por todos.
GLAUCO - Quais foram os apoios e as pessoas que mais lhe incentivaram ao longo do tempo na pratica do futebol de mesa
QUINHO - Minha família, que sempre me ajuda, meus amigos botonistas, com os quais eu aprendi tudo que sei no Futebol de Mesa, o Clube XV de Agosto, que sempre me apoiou e me deu condições de chegar onde cheguei, e o Palmeiras, por abrir novos horizontes em minha carreira botonística.
GLAUCO - Para quem você dedica suas vitórias?
QUINHO - À todos que me ajudaram e ainda me ajudam no meio do Futebol de Mesa.
GLAUCO - Quantos títulos você já conquistou?
QUINHO - Vamos lá: Bi Campeão Brasileiro Infantil (1998 e 1999) - Tri Campeão Brasileiro Adulto (2003, 2004 e 2007) - Bi Campeão Paulista Juvenil por Equipes (2000 e 2001) - Campeão Paulista Adulto por Equipes (2007) - Tri Campeão Brasileiro Adulto por Equipes (2007,2008,2009) - Campeão Taça São Paulo Adulto (2008) - Vice Campeão Paulista Individual (2003) - Campeão Mundial de Futebol de mesa (Budapest, Hungria, 2009)
GLAUCO - Em qual competição ou partida você superou suas expectativas?
QUINHO - Teve várias, mas vou comentar duas. Um 11 x 10 contra o Robertinho (PR) em 2004 e outra contra o Justa (SP) um 12 x 12.
GLAUCO - Qual o adversário mais difícil que enfrentou? Qual o melhor botonista que você já viu jogar?
QUINHO - Não tem um em especial, sempre os mais difíceis são os melhores como Mauro e Diney (Palmeiras) Perrotti, Cassio e Thiago (Circulo Militar) Galdeano, Tadeu e Justa (Corinthians) Mura (Maria Zélia) Robertinho e Ednilson (PR) entre outros...
GLAUCO - Dos três títulos brasileiro conquistado pelo Palmeiras, qual foi o que lhe deu mais alegria?
QUINHO - Os três foram importantes, o primeiro em 2007 foi marcante, pois foi o 1º Brasileiro realizado. O que me deu mais alegria foi o Tri Campeonato em 2009, pois a final foi contra o Corinthians e eu ganhei todos os jogos da final.
GLAUCO - Prefere disputar uma competição por equipe ou individual? Por que?
QUINHO - As duas são muito importantes, mas acho que por equipes você pode compartilhar sua alegria e sua tristeza com todos os seus colegas de time.
GLAUCO - Prefere assistir um jogo do palmeiras ou jogar botão?
QUINHO - Atualmente é difícil de responder essa resposta rsrsrsrsrsrs... mas ainda páro pra ver o Verdão jogar. Só em caso de campeonatos eu prefiro jogar botão.
GLAUCO - Qual foi a maior dificuldade encontrada durante o Campeonato Mundial disputado na Hungria?
QUINHO - Foram muitas, primeiro, a qualidade dos botonistas que foram, a segunda, a dificuldade de conseguir patrocínio ( amigos ) pra poder ir disputar o campeonato em Budapest.
GLAUCO - Como foi jogar com pessoas que tem outras culturas de jogo?
QUINHO - No Futebol de Mesa, acho que eles ainda têm muito o que aprender, agora no Sectorball, nós temos muito o que aprender.
GLAUCO - Qual sua perspectiva para o campeonato brasileiro individual? Acredita no título ou no podium?
QUINHO - Para mim, é o campeonato mais gostoso de se jogar, pois sempre acredito que posso chegar lá, e, se deixarem...rsrsrsrsrsrs
GLAUCO - Você costuma estudar seus adversários antes das partidas?
QUINHO - Estudar não, mas tenho uma qualidade que é ler o jogo rapidamente, saber o que o adversário é capaz de fazer, então é mais fácil ter uma noção do que fazer durante o jogo.
GLAUCO - Qual a maior goleada que sofreu? E qual a maior goleada que aplicou?
QUINHO - Já tomei algumas mas que perdi feio uma de 11 a 2, não me lembro o adversário... a maior goleada foi 16 x 1 em um jogador do Paraná no Brasileiro de 2001.
GLAUCO - O que utiliza em sua flanela para aquecer seus jogadores?
QUINHO - Geralmente Poliflor, um pouco de reparador de pontas de cabelo, e atualmente estou utilizando grafite misturado também.
GLAUCO - Qual o modelos de palheta utiliza?
QUINHO - Utilizo uma palheta de acetado (material de óculos) pequena e bem maleável.
GLAUCO - Prefere manter em segredo as medidas de inclinação e altura de seus botões, ou pode nos revelar?
QUINHO - Todo mundo já sabe rsrsrs. Jogo com 4,1 de altura e grau 26 de inclinação.
GLAUCO - Costuma entrar em quais páginas na internet ligada ao Futebol de mesa?
QUINHO - www.futeboldemesanews.com.br - www.futmesa.com.br - www.pro-gol.blogspot.com
GLAUCO - Quais os fabricantes que você indica?
QUINHO - Sempre faço times com o Lorival (Lima Botões) mas também indico o Pexe (Botões Pexe) e o Gérson (Gesini botões)
GLAUCO - Você tem outro hobby alem do futebol de mesa? Qual?
QUINHO - Eu sou um pouco diferente dos outros, meu hobby é a decoração de times de futebol de mesa.
GLAUCO - Qual outra equipe você teria o prazer de jogar?
QUINHO - Um dia, gostaria de voltar a defender as cores do XV DE AGOSTO, mas ainda não é o momento.
GLAUCO - Você recebe salário por defender as cores do Palestra Itália?
QUINHO - Recebo uma ajuda de custo para passagens de ônibus, alimentação, etc.
GLAUCO - Como você vê o futuro do Futebol de Mesa no Palmeiras?
QUINHO - Acho que ainda tem muita coisa boa pra acontecer, acredito que com a reforma do estádio, teremos uma sala ainda melhor pra prática de futebol de mesa.
GLAUCO - O que acredita que tem que ser para que nosso esporte seja praticado?
QUINHO - Tem que ser mais divulgado em revistas, jornais, todos os meios de comunicação possíveis, os próprios clubes abrirem as portas para o esporte...
GLAUCO - Acredita que irá ver o Futebol de Mesa nos jogos Olímpicos?
QUINHO - Acho que é muito cedo pra falar em Olimpíadas, penso que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro seria legal uma divulgação maior.
GLAUCO - Você tem algum sonho não realizado no Futmesa? Quais são seus planos para o Futebol de Mesa?
QUINHO - Um sonho seria o esporte ter um apoio do Governo, uma ajuda financeira ou alguma coisa semelhante.
GLAUCO - Parabéns pelas conquistas e pelo trabalho no futebol de mesa. Foi um prazer entrevista-lo para o blog da Liga Prudentina e site Futebol de Mesa News.
QUINHO - Obrigado Glauco, é sempre bom divulgar um pouquinho mais do Futebol de Mesa, precisando de mais alguma coisa é só me avisar!
Abraço!
Valeu Quinho
Conheça mais o atual Campeão Mundial de Futebol de Mesa pela regra 12 Toques. Marcus Zuccato ou Quinho, reside na cidade de Socorro - SP, onde realiza seus treinos no Clube XV de Agosto, para defender em competições as cores de seu time de coração, a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Entrevista
GLAUCO - Você jogava futebol de botão quando era criança? Como era a realização dos jogos?
QUINHO - Comecei a jogar com 5 anos de idade em casa, com o meu irmão mais velho César.Tinhamos coleções desses times que eram vendidos em lojas de brinquedos. Em relação aos jogos, meu irmão procurava me ensinar para eu melhorar nos jogos.
GLAUCO - Como e quando você conheceu o Futebol de Mesa profissional?
QUINHO - Em 1993, estava com 6 anos de idade e meu pai levava meu irmão para treinar o Futebol de Mesa profissional e eu ia junto com ele, até que um dia faltou um jogador e meu pai também entrou na brincadeira. Após isso eu também comecei a brincar rsrsrs.
GLAUCO - Como foi jogar pelo Clube XV de Agosto? Qual era a estrutura? Você sabe Como esta o departamento de Futmesa do XV de Agosto hoje em dia? Caso saiba, como esta?
QUINHO - Foi onde tudo começou, em 1993, aprendi muito, não só com meu pai e meu irmão, mas com todos os meu amigos que jogaram e ainda jogam comigo, pois ainda sou residente em Socorro e treino por lá com eles duas vezes por semana.
Quinho treinando no Clube XV de Agosto
QUINHO - Como tenho muita amizade com o Dr. Luiz Augusto Belluzzo (irmão do presidente e ex vice presidente do Palmeiras) recebi um convite dele para ir jogar pelo Palmeiras em 2006 e aceitei prontamente, pois sempre tive vontade de jogar com os melhores e lá aprendi e continuo aprendendo muita coisa.
QUINHO - É como um estudante que, com 18 anos, passa em um vestibular na Faculdade que sempre sonha e no curso que desejava. Tanto para mim, como para a cidade de Socorro e o Clube XV DE AGOSTO, é um orgulho muito grande poder representar as cores do Alviverde de Palestra Itália.
GLAUCO - Seu pai também é Palmeirense e gosta de Futebol de Mesa. Quantos times o Sr. Anacleto possui? Você costuma jogar umas partidas com seu pai?
QUINHO - Possui cerca de 150 times, sendo uma coleção de seleções e outros times para fazer trocas, compras, vendas. A tempos atrás jogava bastante com ele, saía cada racha rsrsrsrs, mas hoje em dia é muito difícil encontrar com ele nas mesas, pois ele joga na categoria máster.
GLAUCO - A sala do departamento de futebol de mesa do Palestra Itália esta em reforma, assim como todo o estádio. Onde estão sendo realizados os treinos? Para quando esta prevista a volta ao Parque Antártica? Há algum projeto específico para o departamento de Futebol de Mesa após as reformas?
QUINHO - Por enquanto sei que eles ainda continuam treinando por lá. Há duas semanas jogamos uma rodada do Paulista de equipes, que acredito ter sido nossa última partida na sala. Começando a reforma acredito que jogaremos em outro lugar no clube até o fim de 2011. Acredito que já pra 2011 estaremos criando a categoria Juvenil no Clube.
GLAUCO - Quantas horas treina por dia?
QUINHO - Quando eram mais novo treinava cerca de uma hora todos os dias. Atualmente treino duas vezes por semana.
GLAUCO - Você faz algum tipo de treino específico antes das competições? Qual?
QUINHO - Posso dizer que um dos meus pontos fortes é o chute de ponta, então antes de começar a partida procuro dar uma "acertada na mão" pra não desperdiçar chutes durante o jogo.
GLAUCO - Em uma partida amistosa ou durante os treinos, você prefere fazer um gol simples ou uma bela jogada?
QUINHO - Procuro ser eficiente juntando uma bela jogada com um gol simples, mas procuro sempre tocar bem a bola e chutar de onde tenho mais chances de fazer o gol.
GLAUCO - Tem alguma superstição ou mania que costuma fazer ante, durante ou depois das partidas?
QUINHO - Superstição não, procuro estar bem tranquilo e bem concentrado naquilo que tenho que fazer.
GLAUCO - Você já chegou a jogar por quantas horas em um único dia?
QUINHO - Acredito que tenha sito em 2008 no Brasileiro de Equipes na Sabesp. Joguei 18 partidas no dia.
GLAUCO - Quantos times você tem em sua coleção?
QUINHO - Tenho cerca de 20 times, com um gosto especial pela Roma (tenho 3 times) e pelo Bracelona (tenho 4 times)
GLAUCO - Qual a escalação do time que utiliza em competições?
QUINHO - Há 15 anos jogos com a Seleção da Romênia de 1994, com Hagi & cia. Acredito que o Hagi, no futebol de mesa, seja o botão mais odiado pelos adversários rsrsrsrs.
GLAUCO - Sei que é praticamente impossível essa situação, mas se fosse para vender seu time principal por que valor sairia esse time?
QUINHO - Primeiro, essa Romênia que eu jogo, ganhei quando tinha 7 anos do Atienza, hoje responsável pelo departamento de Futebol de Mesa do Corinthians. Já recebi muitas propostas mas como foi um presente, para mim não tem valor...
GLAUCO - Você praticou outras regras alem da 12 Toques? Qual? Como foi, gostou?
QUINHO - Pratiquei também o SECTORBALL, modalidade que é praticada na Hungria. Achei muito difícil, mas e questão de treino para poder um dia, bater de frente com os húngaros.
GLAUCO - Quais suas dicas para quem esta começando a praticar a regra 12 Toques?
QUINHO - Treinar o máximo que puder e ser sempre honesto.
GLAUCO - Conhece alguma mulher que pratica o Futebol de Mesa?
QUINHO - Aqui em Socorro tem duas meninas que já jogaram e também tem uma em São Caetano do Sul, mas acredito que atualmente nenhuma das três estão jogando os campeonatos da FPFM.
GLAUCO - Já vivenciou alguma situação engraçada no Futebol de Mesa?
QUINHO - Já sim rsrsrs...a mais engraçada com certeza foi a do botonista Marcello Rini em um campeonato em Jacareí. Ele se apoiou na mesa pra chutar uma bola e após o chute tirou o pé de apoio do chão, fazendo com que a mesa virasse em cima dele. Ele foi parar no chão, debaixo da mesa, e com um monte de botões voando pelo salão. Pra mim foi a cena mais engraçada da história do Futebol de Mesa rsrsrssrs.
GLAUCO - Qual a maior "loucura" que já fez pelo Futebol de Mesa?
QUINHO - Não acredito que seja loucura, mas vestir o "manto alviverde" dentro do Salão de jogos do Corinthians acho que foi bem diferente.
GLAUCO - Resumindo, o futebol de mesa é...
QUINHO - Uma paixão, é como se fosse um casamento que dá certo, uma forma de fazer amizades, um esporte que deveria ser mais divulgado por todos.
GLAUCO - Quais foram os apoios e as pessoas que mais lhe incentivaram ao longo do tempo na pratica do futebol de mesa
QUINHO - Minha família, que sempre me ajuda, meus amigos botonistas, com os quais eu aprendi tudo que sei no Futebol de Mesa, o Clube XV de Agosto, que sempre me apoiou e me deu condições de chegar onde cheguei, e o Palmeiras, por abrir novos horizontes em minha carreira botonística.
GLAUCO - Para quem você dedica suas vitórias?
QUINHO - À todos que me ajudaram e ainda me ajudam no meio do Futebol de Mesa.
GLAUCO - Quantos títulos você já conquistou?
QUINHO - Vamos lá: Bi Campeão Brasileiro Infantil (1998 e 1999) - Tri Campeão Brasileiro Adulto (2003, 2004 e 2007) - Bi Campeão Paulista Juvenil por Equipes (2000 e 2001) - Campeão Paulista Adulto por Equipes (2007) - Tri Campeão Brasileiro Adulto por Equipes (2007,2008,2009) - Campeão Taça São Paulo Adulto (2008) - Vice Campeão Paulista Individual (2003) - Campeão Mundial de Futebol de mesa (Budapest, Hungria, 2009)
GLAUCO - Em qual competição ou partida você superou suas expectativas?
QUINHO - Teve várias, mas vou comentar duas. Um 11 x 10 contra o Robertinho (PR) em 2004 e outra contra o Justa (SP) um 12 x 12.
GLAUCO - Qual o adversário mais difícil que enfrentou? Qual o melhor botonista que você já viu jogar?
QUINHO - Não tem um em especial, sempre os mais difíceis são os melhores como Mauro e Diney (Palmeiras) Perrotti, Cassio e Thiago (Circulo Militar) Galdeano, Tadeu e Justa (Corinthians) Mura (Maria Zélia) Robertinho e Ednilson (PR) entre outros...
GLAUCO - Dos três títulos brasileiro conquistado pelo Palmeiras, qual foi o que lhe deu mais alegria?
QUINHO - Os três foram importantes, o primeiro em 2007 foi marcante, pois foi o 1º Brasileiro realizado. O que me deu mais alegria foi o Tri Campeonato em 2009, pois a final foi contra o Corinthians e eu ganhei todos os jogos da final.
GLAUCO - Prefere disputar uma competição por equipe ou individual? Por que?
QUINHO - As duas são muito importantes, mas acho que por equipes você pode compartilhar sua alegria e sua tristeza com todos os seus colegas de time.
GLAUCO - Prefere assistir um jogo do palmeiras ou jogar botão?
QUINHO - Atualmente é difícil de responder essa resposta rsrsrsrsrsrs... mas ainda páro pra ver o Verdão jogar. Só em caso de campeonatos eu prefiro jogar botão.
GLAUCO - Qual foi a maior dificuldade encontrada durante o Campeonato Mundial disputado na Hungria?
QUINHO - Foram muitas, primeiro, a qualidade dos botonistas que foram, a segunda, a dificuldade de conseguir patrocínio ( amigos ) pra poder ir disputar o campeonato em Budapest.
GLAUCO - Como foi jogar com pessoas que tem outras culturas de jogo?
QUINHO - No Futebol de Mesa, acho que eles ainda têm muito o que aprender, agora no Sectorball, nós temos muito o que aprender.
GLAUCO - Qual sua perspectiva para o campeonato brasileiro individual? Acredita no título ou no podium?
QUINHO - Para mim, é o campeonato mais gostoso de se jogar, pois sempre acredito que posso chegar lá, e, se deixarem...rsrsrsrsrsrs
GLAUCO - Você costuma estudar seus adversários antes das partidas?
QUINHO - Estudar não, mas tenho uma qualidade que é ler o jogo rapidamente, saber o que o adversário é capaz de fazer, então é mais fácil ter uma noção do que fazer durante o jogo.
GLAUCO - Qual a maior goleada que sofreu? E qual a maior goleada que aplicou?
QUINHO - Já tomei algumas mas que perdi feio uma de 11 a 2, não me lembro o adversário... a maior goleada foi 16 x 1 em um jogador do Paraná no Brasileiro de 2001.
GLAUCO - O que utiliza em sua flanela para aquecer seus jogadores?
QUINHO - Geralmente Poliflor, um pouco de reparador de pontas de cabelo, e atualmente estou utilizando grafite misturado também.
GLAUCO - Qual o modelos de palheta utiliza?
QUINHO - Utilizo uma palheta de acetado (material de óculos) pequena e bem maleável.
GLAUCO - Prefere manter em segredo as medidas de inclinação e altura de seus botões, ou pode nos revelar?
QUINHO - Todo mundo já sabe rsrsrs. Jogo com 4,1 de altura e grau 26 de inclinação.
GLAUCO - Costuma entrar em quais páginas na internet ligada ao Futebol de mesa?
QUINHO - www.futeboldemesanews.com.br - www.futmesa.com.br - www.pro-gol.blogspot.com
GLAUCO - Quais os fabricantes que você indica?
QUINHO - Sempre faço times com o Lorival (Lima Botões) mas também indico o Pexe (Botões Pexe) e o Gérson (Gesini botões)
GLAUCO - Você tem outro hobby alem do futebol de mesa? Qual?
QUINHO - Eu sou um pouco diferente dos outros, meu hobby é a decoração de times de futebol de mesa.
GLAUCO - Qual outra equipe você teria o prazer de jogar?
QUINHO - Um dia, gostaria de voltar a defender as cores do XV DE AGOSTO, mas ainda não é o momento.
GLAUCO - Você recebe salário por defender as cores do Palestra Itália?
QUINHO - Recebo uma ajuda de custo para passagens de ônibus, alimentação, etc.
GLAUCO - Como você vê o futuro do Futebol de Mesa no Palmeiras?
QUINHO - Acho que ainda tem muita coisa boa pra acontecer, acredito que com a reforma do estádio, teremos uma sala ainda melhor pra prática de futebol de mesa.
GLAUCO - O que acredita que tem que ser para que nosso esporte seja praticado?
QUINHO - Tem que ser mais divulgado em revistas, jornais, todos os meios de comunicação possíveis, os próprios clubes abrirem as portas para o esporte...
GLAUCO - Acredita que irá ver o Futebol de Mesa nos jogos Olímpicos?
QUINHO - Acho que é muito cedo pra falar em Olimpíadas, penso que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro seria legal uma divulgação maior.
GLAUCO - Você tem algum sonho não realizado no Futmesa? Quais são seus planos para o Futebol de Mesa?
QUINHO - Um sonho seria o esporte ter um apoio do Governo, uma ajuda financeira ou alguma coisa semelhante.
GLAUCO - Parabéns pelas conquistas e pelo trabalho no futebol de mesa. Foi um prazer entrevista-lo para o blog da Liga Prudentina e site Futebol de Mesa News.
QUINHO - Obrigado Glauco, é sempre bom divulgar um pouquinho mais do Futebol de Mesa, precisando de mais alguma coisa é só me avisar!
Abraço!
Valeu Quinho